TUDO SOBRE O PRIMEIRO REINADO PARA O ENEM

Hey, brasileiro, você sabe a história que levou a um famoso grito nas margens plácidas de um riacho? Pois então está na hora de você descobrir! Neste blog, falaremos tudo sobre o Primeiro Reinado para o ENEM. Espero que esteja preparado para nossa viagem no túnel do tempo. Caramba, tá parecendo nome de série da Netflix! Hehe

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Bom, a História do Primeiro Reinado começa um pouquinho antes do 7 de setembro de 1822. Acredito que não custa nada lembrar dos benefícios que o Brasil conquistou durante a presença da Corte Joanina em nossas terras tropicais, de 1808 a 1821.

 

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Destacadamente, a Abertura dos Portos, rompendo o pacto colonial, foi a coisa mais marcante, dentre tantas outras realizações do até então Príncipe D. João. No entanto, em 1820, quando eclodiu a Revolução do Porto em Portugal e a classe burguesa assumiu o controle político da país do Pastel de Belém, tudo parecia ir para o lixo.

 

Após tomar o poder e elaborar uma nova Constituição, os rebeldes exigiram o retorno da Corte e a anulação de muitas medidas tomadas por Dom João, dentre elas, a tal Abertura dos Portos.

 

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No início de 1821, a Corte regressa incompleta para Portugal, pois diante daquela situação, Dom João não teve dúvidas de que a melhor coisa a se fazer era deixar D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil.

 

Você deve estar se perguntando: “como assim? Não entendi”. Calma, bb, vou lhe explicar. Tal Abertura dos Portos havia beneficiado os interesses econômicos da Inglaterra, como também da nossa elite brasileira. A revogação dessa medida deixaria ingleses e brasileiros ricos irritados, o que poderia resultar no processo de Independência do Brasil.

 

Então, pensou D. João, se o caminho é esse, que a Independência do Brasil seja feita pelo meu filho. Não deu outra!  Parecia que D. João tinha uma bola de cristal, não é, teacher? Na verdade, não precisava ter uma bola de cristal para o destino do Brasil, Isso porque naquela época várias nações da América estavam passando por processos semelhantes de rompimento com o velho e carcomido sistema colonial.

 

Em Portugal, D. João VI foi recebido com grande entusiasmo pela multidão que ansiava pelo seu retorno. Porém, os deputados representantes das “Cortes” (nome do Parlamento) notaram de imediato a ausência de D. Pedro.

 

Os argumentos usados pelo pai para justificar ao Parlamento a permanência do filho no Brasil não foram convincentes, a desconfiança foi geral. Desse modo, era óbvio que havia razões para tal desconfiança, basta lembrar das palavras de D. João quando se despedia do filho no Porto do Rio de Janeiro: “Pedro, sei que o Brasil vai se tornar independente. Então faça você, pois será melhor do que qualquer um aventureiro”. Deu para perceber a situação? As “Cortes” possuíam motivos de sobra para desconfiar das intenções do Príncipe Pedro.

 

Como vocês já devem ter deduzido, D. Pedro será pressionado a retornar imediatamente para Lisboa. De um simples conselho para que voltasse ao velho continente com o objetivo de concluir seus estudos, a pressão chegou ao extremo com ameaças de prisão e até ser deserdado.

 

Pois é, bb. O clima foi ficando pesado. Você pode ser perguntar também: “Por que esse desespero das “Cortes”? ”. Esta é  a resposta simples: o Brasil era a “galinha dos ovos de ouro de Portugal”. Perder o Brasil representaria um baque muito grande nas finanças de Portugal.

 

Por outro lado, como estaria se comportando o jovem e mulherengo Príncipe? Dom Pedro chegou a ficar em dúvida sobre o papel a ser desempenhado diante de todo aquele cenário político. Não escondia o amor por seu pai, temia ser visto como desrespeitoso. Entretanto, tinha plena consciência que as cartas da política lusitana eram dadas pelo parlamento. Dessa forma, como se diz no popular, seu pai “reinava, mas não governava”.

 

Em contrapartida, Dom Pedro tinha em sua esposa Leopoldina uma excelente conselheira política, sem desmerecer o papel do amigo e também conselheiro José Bonifácio de Andrada. Quanto às atitudes, as reações de Dom Pedro diante das pressões variavam muito. Às vezes apenas desdenhava, noutras ocasiões era tomado por uma fúria descontrolada, coisas que podem acontecer com qualquer um ser humano.

 

No entanto, diante disso tudo, devemos enaltecer sua atitude em janeiro de 1822, quando recebeu um abaixo assinado pedindo para que permaneça no Brasil ao qual Dom Pedro prontamente confirmou que não voltaria para Portugal. Esse dia 9 de janeiro de 1822 entraria para nossa História como o “Dia do Fico”.

 

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Em maio deste mesmo ano, D. Pedro foi além, quando determinou que as ordens provenientes de Lisboa não teriam qualquer validade no Brasil seu “Cumpra-se”.  Desse modo, atitudes do Príncipe nos levam a conclusão de que só faltava oficializar o rompimento com a velha metrópole. No final de agosto, chegam correspondências lusitanas com tom bastante ameaçador, determinando final daquele ano com data máxima para que Dom Pedro retornasse para sua terra natal.

 

No final daquele mês de agosto, Dom Pedro decidiu ir a São Paulo resolver umas pendengas políticas envolvendo seus amigos Andradas e o outros políticos daquela província. Lembre-se de que o trajeto entre o Rio de Janeiro e São Paulo, que hoje se faz de automóvel em cerca de seis horas, naqueles tempos levava cerca de nove dias para percorrer os quase 480 quilômetros a cavalo. Sendo assim, era preciso fazer paradas para descansar os homens e os animais.

 

Diante disso, não é difícil imaginar a situação de angústia da Princesa Leopoldina quando recebeu as cartas de Portugal. Precisava-se que Pedro tomasse decisões importantes, mas sua ausência e a incerteza da data do seu retorno levaram a Princesa a procurar o conselho de José Bonifácio.

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De imediato, escreveram ao Príncipe e anexaram as correspondências recém-chegadas como forma de pressioná-lo a romper definitivamente com Lisboa. Dessa, o resto da História muita gente conhece, D. Pedro foi alcançado nas “margens plácidas” do Riacho de Ipiranga. Ao tomar conhecimento daquela situação, a fúria foi tamanha que atirou os papéis ao chão e os pisoteou.

 

Após ser acalmado, recuperando seu lado mais racional e, seguindo as instruções da esposa e do amigo Bonifácio, o “pomo estava maduro” era hora de colher. Dom Pedro pegou o chapéu onde existiam alguns fitilhos com as cores de Portugal e os retirou, ordenando que os poucos soldados da guarda o fizessem, dizendo “laços fora, as Cortes querem nos escravizar. É tempo… Independência ou morte”.

 

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Esse foi o nosso “Grito do Ipiranga”. Claro que essa clássica pintura de Pedro Américo, frequentemente encontrada nos livros de História do Brasil. Ela faz parte da nossa imaginação. Todos nós, quando criança, devemos ter passado alguns momentos observando a beleza daquela cena com nosso Dom Pedro I gritando “independência ou morte”, rodeado por vários soldados vestidos de “dragões da independência”, assessores, um padre, além de ser observado por alguém que conduzia um carro de bois.

 

Essa famosa pintura que preenche nossa imaginação só foi produzida em 1888. Isso mesmo, chuchu, o artista Pedro Américo pintou o quando sob encomenda, numa época marcada pelo romantismo que enaltecia fatos patrióticos, procurando fortalecer o heroísmo de personagens históricos.

 

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Então você quer dizer que tentaram forjar um sentimento patriótico com aquela pintura? A resposta é sim. Era muito comum naquela época. Mas, ao contrário do que muitos pensam, o nacionalismo não era algo ruim.

 

Ele fez homens de vários tempos históricos realizarem coisas extraordinárias. Você lembra do que os espartanos foram capazes enfrentar? E os romanos? E os nossos brasileiros em guerras como a do Paraguai ou até mesmo na Segunda Grande Guerra enfrentando nazistas e fascistas?

 

Entretanto, se você não se liga em guerra, pegue os exemplos de nossos atletas olímpicos, pois já foram capazes de vencer atletas e outras nações bem mais ricas e estruturas para disputar aqueles maravilhosos jogos.

 

Viram como conhecer um pouco mais da nossa História nos faz compreendermos melhor, como somos, por que nos comportamos desta ou daquela maneira. Aguardem os próximos capítulos dessa história. Aliás, viva a História do Brasil! hehe Cantemos mais nosso lindo Hino Nacional!

 

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