BRASIL COLÔNIA: DA MINERAÇÃO AO DECLÍNIO DO SISTEMA COLONIAL

Hey, vestibulande antendade! Chega mais porque hoje tem blog de História, bb. Vamos ficar por dentro do que ocorreu durante o Brasil Colônia desde o que levou ao processo mineração de ouro nas terras tupiniquins até a decadência do sistema colonial!

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Faça uma pipoca, sente e leia porque hoje tem História hehe! Vamos começar?

 

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O Sonho do Ouro

No final do século XVII, ocorreu a descoberta do tão sonhado metal precioso nas terras do Brasil. Foram quase cento e setenta anos de buscas e frustrações.

Isso mesmo, queride. Desde o ano de 1500, quando a esquadra de Cabral avistou o Monte Pascoal na Bahia, os portugueses criaram a expectativa de encontrar ouro nessas terras tropicais habitadas por aqueles seres de “feição parda e corpos nus, sem nada lhe cobrindo as vergonhas”.

A Carta do escrivão Pero Vaz de Caminha levada ao rei de Portugal, a qual comunicava a descoberta da terra, levava também a decepção de não ter encontrado o cobiçado metal. Os primeiros trinta anos foram de relativo desprezo pelo Brasil. Afinal de contas, o comércio das ricas especiarias orientais era extremamente lucrativo.

No entanto, diante dos relatos das expedições que vieram fazer o reconhecimento geográfico do Brasil, a Coroa Portuguesa ficou em alerta. Havia uma clara ameaça aos domínios portugueses por parte dos piratas e corsários. Até mesmo porque, desde a assinatura do Tratado de Tordesilhas, alguns governantes europeus declararam que não o respeitariam, pois o dito acordo previa que as terras descobertas seriam apenas das nações ibéricas.

Diante de tal situação, o jeito era ocupar essas terras, pois os saqueadores estavam cada vez mais frequentes e o comércio oriental dava sinais de declínio.

Em 1534, o governo português decidiu trazer ao Brasil um sistema de colonização que dera certo nas ilhas do Atlântico, como Canárias e Madeira. As capitanias hereditárias pareciam ser a solução perfeita para ocupar as terras do Brasil.

Só parecia, my friend. O fracasso foi iminente, visto que apenas duas das quinze capitanias atenderam às expectativas do governo. Mesmo assim, essa imensa colônia lusitana começou a receber gente de todo tipo: fidalgos, padres, ladrões, órfãos e prostitutas. O desejo de ficar rico nessas terras e poder retornar para a metrópole era o projeto inicial de todos aqueles portugueses que aqui desembarcavam.

Bem diferente, foi o destino dos africanos que para cá foram trazidos para ser a mão de obra predominante do sistema de plantation. Enquanto não se encontrava o ouro, os colonizadores focaram seus esforços na cultura canavieira.

Pernambuco e São Vicente foram as prósperas capitanias hereditárias, seguidas de perto pela Bahia de Todos os Santos. No entanto, o açúcar vicentino entrou em declínio no final do século XVI. O solo e o clima do litoral paulista não eram tão bons quanto os do litoral nordestino. Além disso, por ficar mais distante dos mercados europeus, o frete sobre o açúcar paulista tornava o produto mais caro do que o pernambucano.

E agora, de que viveriam aqueles paulistas? Então, bb, a solução foi embrenhar-se pelas matas do interior em busca dos índios que seriam capturados e vendidos como escravos para aqueles senhores que não tinham condições de comprar o escravo africano.

Os paulistas formavam grupos que variavam de trinta até duzentos componentes. Passavam meses a fio nas matas, usando rios como meio de locomoção para os sertões de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e até mesmo as longínquas florestas amazônicas.

Você imaginou viver na pele desses corajosos bandeirantes? Não devia ser nada fácil, viu, chuchu? Enfrentar o calor escaldante daquelas matas, deparar-se com cobras gigantes, jacarés, onças e lutar para capturar índios selvagens. Por onde andavam, os paulistas faziam roças e acampamentos, embora a mata oferecesse quase todos os tipos de alimentos.

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Enquanto estavam acampados, era comum ver bandeirantes escavando a terra em busca de alguma pedra preciosa ou algum fragmento de ouro. Pois é, você conhece aquele ditado popular que diz que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”? Então, aconteceu! Haha No final do século XVII, os paulistas encontraram ouro. A História do Brasil ganharia um novo capítulo.

 

O Ciclo Minerador

A notícia da descoberta do ouro espalhou-se rapidamente por toda a colônia. Ah, é importante destacar que o “rapidamente” daquela época era algo como três ou quatro meses.

 

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No Nordeste, a notícia provocou grande alvoroço, pois a economia açucareira estava em decadência desde que os financiadores holandeses foram expulsos. Senhores de engenho e seus filhos, que viviam à beira da falência, não pensaram duas vezes: correram para as “minas”. Se essa foi a reação da classe dominante, imagine a reação dos homens pobres e livres que viviam marginalizados. Houve uma corrida geral para o ouro.

Na Europa não foi muito diferente. Quando se confirmou que não se tratava de uma falsa notícia (fake news já existiam haha), então foi percebida uma grande movimentação de pessoas arrumando suas malas para vir ao Brasil. Diga-se de passagem, não eram só portugueses.

Historiadores estimam que cerca de três milhões de europeus embarcaram para o Brasil em busca do ouro entre 1700 e 1750. Esses mesmos estudiosos calculam que, nos primeiros duzentos anos, ou seja, entre 1500 e 1700, tenham vindo cerca de um milhão e meio de europeus ao Brasil. Você já deve ter visto alguma reportagem sobre os garimpeiros que ainda existem no Brasil. É uma verdadeira guerra disputando alguns gramas de ouro.

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A Coroa Portuguesa festejou a descoberta do ouro brasileiro. Era a chance de se recuperar economicamente, pois, durante o período da União Ibérica, a nação lusitana viu suas economias despencarem. Mesmo tendo se separado da Espanha em 1640, a nova dinastia, dos Bragança, sonhava com a recuperação econômica e com a volta do prestígio que desfrutava nos anos iniciais do século XVI. Diante de tal situação, fica mais fácil compreendermos a ganância tributária do governo português sobre a população mineradora.

 

Uma sociedade em transformação

Alguém deve estar pensando: “então bastava chegar a Minas, encontrar o ouro e ficar rico? ”

Não mesmo, bb. Não era tão simples como muitos imaginaram que seria. Nem todo mundo que chegou nas Minas Gerais teve a sorte de encontrar ouro.

Milhares de pessoas perambulavam de um lado para outro em busca da riqueza. A fome e as doenças matavam centenas de pessoas todos os anos.

Além disso, as regras criadas pelo governo português, através do Regimento Aurífero de 1702, privilegiavam os mais ricos. Do lavrador de ouro exigia-se doze escravos africanos. O preço do escravo disparou.

Outra coisa que vale a pena lembrar é que os donos desses escravos não queriam que eles trabalhassem nos cultivos de subsistência, obrigando a população mineira a importar comida de outras regiões do Brasil, a exemplo da farinha de mandioca e da carne seca do Nordeste.

Os ricos senhores das minas costumavam deixar suas famílias nos centros urbanos, onde havia mais segurança e o ambiente era mais saudável. Os locais onde o ouro era extraído eram inóspitos.

Aos poucos, podia-se perceber que aquela sociedade das Minas era diferente da sociedade do Nordeste açucareiro.  Seu caráter urbanizado e o gosto de ver seus filhos estudando em boas escolas, tendo contato com o que havia de mais moderno no mundo europeu, levou a elite mineira a enviar seus descendentes para as universidades do velho continente.

Isso era bom ou ruim? Então, vestibulande, para a sociedade de Minas Gerais foi muito bom. Esses abastados que estudavam na Europa voltavam de lá trazendo as ideias revolucionárias do movimento Iluminista. Tais ideias vão levar esses cidadãos a perceber e criticar a exploração colonial realizada pela Coroa Portuguesa. O sistema colonial nunca mais seria o mesmo. Começam as confabulações e conspirações para separar o Brasil de Portugal.

E aí, gostou, my friend? Então espere o próximo blog, pois a História do Brasil está cheia de grandes e pequenos acontecimentos que despertam a nossa curiosidade! haha

 

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