A ARTE MODERNA NO BRASIL PARA O ENEM - PARTE I

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Olá, vestibulando(a)! Hoje vamos continuar onde paramos no nosso blog anterior sobre A arte moderna no Brasil para o Enem – Parte 1. Não lembra do falamos anteriormente? Então dê uma passadinha na primeira parte sobre este assunto e venha porque vamos desabafar mais um pouco sobre Arte Moderna no Brasil. Let’s go!

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Vamos refletir a respeito das dificuldades que encontramos nesse país, de fazer arte, de viver dela… Talvez, por conta da nossa história recente (quando comparada a de países da Europa, por exemplo) estejamos aprendendo, tomando um rumo e encontrando significados. Não dá pra entender a história de uma nação sem passar pelas produções artísticas.

Quando vemos obras de Jean-Baptiste Debret em nossos livros de História do Brasil, percebemos como era esse período, como vivia a nossa sociedade e quais eram seus problemas e desafios. Por mais que fosse um olhar estrangeiro, era um retrato de nossa realidade. Sem fantasias e enfeites. Era o retrato do Brasil!

A sua famosa “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”… Pitoresco, por causa das extravagâncias e do lado exótico do povo e de suas paisagens. Histórico, pois remetia aos acontecimentos pertinentes de nossa história. O Brasil, sendo Brasil.

 

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“Um funcionário a passeio com sua família”, 1831. Jean-Baptiste Debret.

 

Diferente fez Pedro Américo, um brasileiro, nome importante de nossa arte. Ele procurou um outro caminho, que foi o de valorizar o poder dos governantes e suas ações magníficas. Em resumo… Puxador de saco sem vergonha! Hahaha

Era assim mesmo! Sem cerimônia alguma! Tudo para se manter! Não podemos culpá-lo, afinal já falei que é muito difícil viver de arte nesse país. Quando vemos seu famoso “grito do Ipiranga”, temos a certeza de que nosso amigo Pedro Américo fez a escolha dele.

 

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O grito do Ipiranga ou Independência ou Morte, pintado em 1888 por Pedro Américo, é um dos grandes clássicos que formam nosso imaginário sobre a história do país.

 

A maioria dos brasileiros, ao pensar no momento da declaração da independência, tem a imagem de Américo na cabeça. Isso acontece, principalmente, pois o artista, intencionalmente, retratou a declaração da independência de um modo a monumentalizar o evento. Torna-lo épico e grandioso. E o fez bem, não é verdade? Ele lacrou! Viralizou! E conseguiu seguidores famosos!

E qual seria o peso de obras como as de Pedro Américo em nossa sociedade?  Esse tipo de arte assumiu um papel de destaque no século XIX na formação política, artística e sobre a história entre os que tinham acesso a esse tipo de arte. Esse é um dos motivos do poder que a imagem de Pedro Américo tem até hoje na visão histórica dos brasileiros, até mais do que a visão dos historiadores sobre o evento.

Entendeu como o negócio ficou bravo para Anita Malfatti? Mas peraê… Não estou entendendo nada, Godoy! Que doideira foi essa? Debret, Pedro Américo, o papel da arte… E agora volta pra Anita Malfatti de novo? Estou mais perdido que aquele carinha ali no quando, com o carro de boi…

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Essa confusão toda é porque talvez você tenha esquecido das tretas que envolveram o nome dela… Lembra de “paranoia ou mistificação?” De Monteiro Lobato? Das dificuldades de ser mulher? De ser, ainda por cima, artista?! Foi a gota d’água para aquela sociedade… Mas trouxe para nós mais uma importante reflexão sobre a Arte: o poder de provocar, de despertar novos olhares e de abrir a nossa mente.

 

Anita, Anita, Anita

Anita, Anita, Anita

 

Nossa maravilinda Anita Malfatti lacrou com a sua explosão de cores! Com seu “homem amarelo” e com a sua “boba”! Anita tornou a vida mais interessante. Com mais vida e colorido! Anita é muito nossa! É gente como a gente! Uma mulher guerreira e cheia de atitude, que combateu as adversidades. Uma lutadora consciente das suas potencialidades e que acrescentou expressividade a um movimento… Ela revolucionou a cultura nacional! Tornou a nossa arte um verdadeiro espetáculo!

Três vivas a Anita! Viva! Viva! Viva!

Viva Anita! Através de suas obras! De sua história de vida! Viva! Em nossas mentes e corações!

 

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A Semana de Arte Moderna de 1922

Depois dessa homenagem mais que merecida a essa grande artista, seguimos refletindo sobre o evento que Anita ajudou a fundar: A Semana de Arte Moderna de 1922. Um grande evento de nossa arte e literatura!

Esse evento top ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922 (você já parou para pensar que estamos prestes a comemorar seu centenário?! Ano que vem promete… Se bem que é ano eleitoral… Oh, no! Oh, no! Oh, no! No, no, no…). Contou com diversas apresentações de dança, de música, recital de poesias, exposição de obras – pintura e escultura (lembra das obras de Anita? Lacração mano/ mina! É nóis na fita!).

 

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Catálogo e cartaz da semana de arte moderna, produzidos pelo artista Di Cavalcanti

 

Características da Semana de Arte Moderna

O intuito principal desses artistas era chocar o público e trazer à tona outras maneiras de sentir, ver e fruir a Arte, as características desse momento foram:

 

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No que diz respeito aos artistas envolvidos, eles propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora, inspirada nas vanguardas europeias (os “ismos”! Cubismo, expressionismo…). Juntos eles visavam uma renovação social e artística no país.

Di Cavalcanti, um dos grandes nomes da arte moderna brasileira, chegou a dizer sobre a SAM de 1922: “seria uma semana de escândalos literários e artísticos, de meter os estribos na barriga da burguesiazinha paulista”. Ui! Tameaê! Arreceba! Que audácia, hein? Quanta ousadia! Só assim para pegarmos no tranco!

 

O evento em si: um turbilhão de emoções

A realização do evento foi uma dureza, pois era visto com “maus olhos” pela elite paulistana. Em contrapartida, os estudantes da cidade estavam em polvorosa acerca das possibilidades apresentadas pela SAM de 1922.

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O evento foi um escândalo e chocou grande parte dos participantes. As vaias foram uma pitada de pimenta dentro desse caldeirão de efervescência cultural. Quando um cara com uma pegada mais tradicional fazia sua apresentação, os estudantes vaiavam; quando era a vez de um modernista, a elite paulistava soltava gritos contrários.

Foi uma explosão de sentimentos! Mas uma coisa é certa: a arte e a literatura brasileira não seriam mais os mesmos! Na verdade, a sociedade brasileira como um todo não seria mais a mesma!

Três vivas à Semana de Arte Moderna! Viva! Viva! Vivaaaaaaaaaaa!!! Me empolguei…. É que sou suspeito para falar sobre arte moderna… Monteiro Lobato vai puxar o meu pé quando eu estiver dormindo… Ele que venha! Mentirinha… Venha não… Morro de medo dessas coisas…

 

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Reflexos da semana de 22

A crítica ao movimento foi severa, as pessoas ficaram desconfortáveis com tais apresentações e não conseguiram compreender a nova proposta de Arte. Os artistas envolvidos chegaram a ser comparados aos doentes mentais e loucos. No entanto, independentemente de qualquer coisa, a SAM de 1922 trouxe à tona uma nova visão sobre os processos artísticos, bem como a apresentação de uma arte “mais brasileira”.

Posteriormente, muitos outros eventos com a mesma pegada foram criados, abrindo cada vez mais a mente das pessoas sobre essa realidade. Realidade que veio para ficar! Não tinha mais jeito…

Para os críticos, restou somente lamentar ou sair do armário da burocracia. Entender que a sociedade passa por transformações constantes e arte acaba acompanhando esse processo. Se bem que… Ela também pode acelerar tais transformações! Que seja!

Juntem-se aos loucos e doentes mentais! Pois já dizia o grande poeta de nossa música: “mas louco é quem me diz e não é feliz! Eu sou feliz!” .

Viva a arte moderna brasileira! Viva! Viva! Viva!

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E aí? Gostou? Deixe seus comentários, enfim… Tudo o que eu merecer nessa vida! Até mais!

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